Desafios das mulheres no mercado de trabalho são destaque no 2º Encontro de Mulheres Técnicas Industriais

Com o objetivo de promover um importante e necessário debate sobre os grandes desafios em busca do respeito e da equidade para as mulheres no mercado de trabalho, o CRT-RS promoveu o 2º Encontro de Mulheres Técnicas Industriais. A segunda edição se consolida como uma importante ferramenta de transformação para ampliar vozes, compartilhar experiências e impulsionar mudanças no ambiente de trabalho das mulheres. 

Coordenadora do evento, a diretora administrativa do CRT-RS, Cleusa Cunha, destacou que a presença dos estudantes das escolas Parobé, Solon Tavares, Liberato Salzano e Frederico Schmidt proporcionou a possibilidade de compartilhar e debater, com os jovens alunos e alunas, a difícil realidade das mulheres em ambientes profissionais ainda hostis para muitas Técnicas. “Como diretora administrativa do CRT-RS e uma das poucas mulheres em cargo de gestão no sistema CFT/CRTs me sinto na obrigação de abrir cada vez mais espaços como este para amplificar a voz das nossas Técnicas Industriais”, disse.

Representando o presidente nacional do sistema CFT/CRTs, a conselheira Deise Lopes Carvalho elogiou os conhecimentos e esclarecimentos proporcionados pela atividade, principalmente quando retratou os difíceis caminhos pelos quais muitas profissionais tiveram que passar para chegar ao topo da carreira.  “As palestras esclareceram em uma linguagem simples e objetiva como as técnicas industriais deveriam se comportar em casos de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. como também mostrou vários exemplos de técnicas empoderadas que venceram na profissão”, destacou ao elogiar a presença de alunos de vários cursos técnicos.

Presidente do CRT-RS, Luiz Antonio Castro avaliou o encontro como necessário pois é fato que as mulheres tem jornada diária muito mais pesada que os homens e, para as técnicas industriais que atuam em um ambiente ainda de muito preconceito, o desgaste emocional é ainda maior. Nesse sentido adiantou que, a partir de maio, o Conselho vai implementar a Norma Regulamentadora nº 01 de Segurança do Trabalho, junto a equipe de fiscalização. A medida tem como foco a saúde mental dos trabalhadores, com atenção especial às mulheres, que, conforme Castro, representam a maioria dos casos afetados por ambientes insalubres que podem ser pelo assédio moral, sexual e psicológico, além da sobrecarga de trabalho, que agrava o quadro de vulnerabilidade mental nas relações laborais.

O presidente anunciou, ainda, que nas ações de fiscalização, o Conselho vai trabalhar em parceria com a Delegacia Regional do Trabalho, com o objetivo de intensificar a fiscalização nas empresas e garantir o cumprimento da norma.